segunda-feira, 16 de julho de 2012

Redenção

Foto: Google 

Muito tempo o torcedor palmeirense esperou para soltar o grito de campeão da garganta.

Ele veio, depois de 12 anos amargando tristezas e apenas um paulista (2008), que não acabou com a espera dos palestrinos.

Novamente sob o comando de Felipão o time voltou a conquistar um título de expressão nacional, voltou a ser Palmeiras.

O time foi classificado como apenas mais um desde o começo da competição, como de costume nos últimos anos.

As vitórias foram vindo e entre elas a eliminação do Paulistão para o Guarani.

A equipe se abateu, mas foi após o tropeço que começou o pensamento de poder chegar longe.

Contra o Paraná, no sul, os paulistas conseguiram vencer por 2x1 e ganharam animo, vencendo o jogo de volta por 3x0.

Foi então que o time teve o seu acerto tático, pelas mãos de Felipão e também por acreditar que era possível.

Na sequência da competição, parecia que estávamos falando de uma equipe diferente, renovada e consistente dentro de campo.

A prova disso foio jogo contra o Grêmio no Olímpico, onde o comprometimento tático rendeu a vantagem de 2 gols conquistadas em dois contra-ataques.

Por sinal, a defesa se tornou o ponto forte da equipe, o que não é surpresa vindo de um time de Felipão.

Nela, Thiago Heleno se tornou homem de cnfiança nos jogos finais, ganhando moral e ainda deixando o seu companheiro de zaga, Maurício Ramos, tranquilo para as partidas.

Outro zagueiro que teve papel fundamental foi Henrique, que assumiu o papel de volante marcador e melhorou a proteção da zaga.

Se defensivamente o time havia encaixado, lá na frente Mazinho surgiu como aposta e garantia as vitórias.

Na estréia o jogador passou zerado, mas no segundo jogo marcou dois gols na goleada por 4x0 em Barueri contra o Paraná.

Depois, ainda fez um contra o Grêmio no sul e teve papel fundamental para os gols do time.

Só que outro jogador teve este papel ainda mais claro, e justo nos momentos mais decisivos da Copa do Brasil.

A bola parada de Marcos Assunção tem histórico de ser fatal nas defesas, e mesmo sabendo disso ainda tem resultado quase certo.

Nas finais, o volante participou de dois dos três gols com assistências perfeitas para Thiago Heleno e Betinho concluírem.

Assunção não foi herói, mas pode ser a referencia deste time dentro de campo, pela experiência e vontade de alcançar a taça.

Taça que não viria sem as mãos de Bruno, pois o goleiro assumiu o gol em momento complicado e teve ótimas atuações, que fizeram da defesa palmeirense a menos vazada com seis gols sofridos.

Mas ainda assim, Felipão é o nome deste título.

Chamado por muitos como ultrapassado, o técnico pentacampeão mostrou que ainda lembra como se vence a Copa do Brasil, já tendo em casa quatro dessas taças – com Criciúma, Grêmio e o próprio Palmeiras.

Desde 2002 que Luis Felipe Scolari não se tornava campeão, desde o Mundial com a seleção.

Mas, tendo conseguido controlar a vaidade do elenco de anos anteriores, o resultado pode ser atingido e com méritos ao gaúcho.

E o treinador se redimiu com a torcida depois de tempos de conflito e resultados ruins.

O título na verdade foi uma redenção total, do treinador, dos jogadores e dirigentes com a torcida, que aguardou um período de desastradas administrações para conquistar este título.

Enfim, novamente o Palmeiras está no seu lugar, o de campeão.

Mesmo jogando da forma menos vistosa possível, o caneco teve como destino a sala de troféus do Palestra Itália.

Ainda não é o acerto completo, falta ainda melhorar o elenco e, principalmente, a parte da direção do clube.

Entretanto, o que mais precisava veio, um título, que pode se tornar o começo de mais uma era de conquistas alviverdes.

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