segunda-feira, 26 de novembro de 2012

“Villa Bella tem nível internacional de acessibilidade”, diz presidente da Turismo Adaptado

Ricardo Shimosakai diz que infraestrutura do hotel, localizado em Gramado, pode mudar de “boa para fantástica”


Gramado – Nos últimos anos, a questão da acessibilidade vem ganhando espaço nas discussões de diversos setores da indústria brasileira. Mercado básico para a indústria turística no país, a hotelaria apresenta barreiras para a locomoção de pessoas com baixa mobilidade por sua arquitetura não ser pensada para este público.

“Por muitas vezes não pude ficar em um hotel com minha esposa pelas condições não serem mínimas”, explicou Valdemar Rodrigues, cuja mulher é tetraplégica.  Em seu caso, os empreendimentos não oferecem equipamentos para pessoas com locomoção limitada, e quando existem “são emprestados e de baixa qualidade”, diz.

Em Gramado, o hotel Villa Bella apresenta estrutura inversa dos demais hotéis do setor, no município e até de grandes centros e nas capitais. Hospedado na unidade para participação como palestrante no 24º Festival de Turismo de Gramado, que neste ano apresenta a acessibilidade como tema central, Ricardo Shimosakai, presidente da organização Turismo Adaptado, afirma que selos de acessibilidade são banalizados pelos hotéis, e muitas vezes são acessíveis “apenas na cabeça dos administradores”, declarou em sua participação no festival.

Presidente disse que cadeirantes experientes não
confiam nos selos de acessibilidade dos hotéis
Melhorias – Durante sua construção, o Villa Bella teve arquitetura pensada para o caso de hóspedes com estas dificuldades, incluindo rampas, áreas sociais com móveis em altura reduzida e estrutura adaptada nos banheiros, além de veículo adaptado. “Investimos todos os anos em treinamento de colaboradores para atender devidamente os clientes com limitações locomotoras”, afirma o diretor do hotel, Roger Bacchi, que quer tornar o empreendimento “referência de acessibilidade no Brasil”, declara.

Público em crescimento – O público com limitações na locomoção representa 45 milhões de brasileiros (quase 10% da população) e já atingiu um bilhão de pessoas em todo o mundo, segundo dados apresentados pelo presidente da Turismo Adaptado. “Os EUA lucram US 14 milhões com este público. Precisamos aproveitá-lo também”, acrescentou Shimosakai. Para ele, os brasileiros com limitações só não viajam mais porque não existe a “estrutura necessária” na hospedagem ou na infraestrutura das cidades.

“Independente da lei, faltam detalhes para melhorar”, ressaltou Shimosakai, que ainda afirmou precisar elevar de “boa para fantástica” a estrutura do hotel, considerado de “nível internacional” pelo presidente.

Confira álbum no link.


Publicado originalmente no Diário do Turismo.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Anac eleva para R$ 20 mi teto de multas devido a infrações graves

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) anunciou oficialmente o aumento do valor máximo de multa para infrações nos aeroportos brasileiros que causem graves danos à prestação de serviços aéreos ou aos usuários. O novo teto das multas é de R$ 20 milhões por infração cometida, segundo análise realizada pela área fiscal do órgão, e vale a partir de hoje.

O crescimento da punição entra em vigor devido à aprovação da resolução nº253/2012 no último dia 29, divulgada nesta quinta-feira (1) no Diário Oficial da União (DOU), e permite elevar em até mil vezes o valor das multas impostas por estas infrações. Em nota, a Anac afirmou que os graves danos ao serviço aéreo “são situações críticas com grande impacto na malha aérea, de responsabilidade da companhia ou de outro agente do setor”, informa. O antigo limite das penas era de R$ 20 mil.

Cargueiro da Centurion Cargo interrompeu operações no aeroporto
de Campinas; Anac multou empresa em R$ 2,8 mi pelo ocorrido

Esta mudança ocorre após um cargueiro modelo MD11 da empresa Centurion Cargo apresentar problemas no Aeroporto Internacional Viracopos, em Campinas (SP), no dia 13 deste mês, interrompendo as operações por 46 horas. Ao todo, a paralisação cancelou cerca de 500 voos e afetou aproximadamente 25 mil passageiros, gerando multa de R$ 2,8 mi para a empresa aérea aplicada pela Anac, informou o DT no dia 22 de outubro. 

Outros casos – Além do problema no aeroporto de Campinas, a aviação brasileira registrou neste mês problemas com o sistema de check-in das companhias, quando a Gol apresentou atraso em 45% dos voos no dia 22 devido à falha técnica no sistema. Uma semana antes, no dia 15, o serviço de check-in da TAM também apresentou problemas em todo o país.


Publicado originalmente no Diário do Turismo.

domingo, 21 de outubro de 2012

Eu quero ficha limpa em Poá


Por Leandro de Jesus

Por que um dos melhores projetos para a moralização na administração municipal nunca retornou para ser votado em sessão?

É isso o que ocorreu com o Projeto de Lei Ficha Limpa Municipal. Proposto pelo vereador Júnior da Locadora (PR), a lei seria rigorosa com os condenados pela justiça impedindo-os de assumir funções de direção na administração municipal.

Sobre a situação do projeto, o Presidente da Câmara, Deneval Dias (PRB), não informou quando colocará novamente na pauta. "No momento em que o projeto de lei sobre o Ficha Limpa Municipal estiver apto para ser votado pelos vereadores, a matéria vai entrar na Ordem do Dia".

Temos visto, no entanto, sessões sem qualquer projeto para ser votado e um tão importante como esse deve estar na gaveta de alguém. O projeto foi colocado em votação no mês de março e na sequência foi retirado para emendas. Nunca mais voltou para a ordem do dia.

O vereador Júnior ainda deseja ver aprovado o projeto. "Trata-se de uma lei muito importante que vai coibir o corrupto de exercer não só cargos de vereador e prefeito mas também em funções da administração".

Essa é a campanha que deve ser de todos nós: "Eu quero Ficha Limpa em Poá!"

Cobremos eles, então.


Texto publicado originalmente no Blog de Poá.

sábado, 22 de setembro de 2012

Carlos Alberto Parreira: “Podemos ser os únicos a perder duas Copas em casa”

Ex-treinador afirma que Mano Menezes paga o preço pela seleção não ter base da última Copa e precisa olhar muitos jogadores para formar time com experiência

Foto: Arthur Stabile

Ele pode estar fora das quatro linhas, mas faz questão de “ficar ligadão com o futebol”. Carlos Alberto Parreira, técnico tetracampeão mundial com a seleção brasileira, diz ser impossível se desligar do futebol, isto pelos seus 45 anos de vida dedicados ao esporte, que renderam a ele poder conhecer o mundo, viajar, fazer amigos, e isso em “uma atividade interessante e com enorme pressão”, como diz.

Em um coquetel no Club Med, em Angra dos Reis (RJ), o ex-treinador da seleção brasileira cedeu algumas palavras ao blog, comentando do orgulho que sente dos títulos conquistados em sua carreia à frente de clubes e seleções, e ressalta que o tetra pela seleção brasileira tem visibilidade maior do que qualquer coisa. Segundo ele, é inimaginável que nossa seleção não consiga vencer uma Copa em casa, apesar da pressão que sempre será grande, e Mano Menezes tem que pagar o preço da seleção brasileira não ter mantido nenhuma base da última Copa. 

Humilde, Parreira fez questão de “colocar os fatos” corretos, falando de sua presença em nove Copas do Mundo, sendo o único treinador a estar presente em seis edições do mundial. O comandante campeão em 94 comentou na entrevista as diferenças do estilo de jogo do período do tetra e do futebol de hoje, definindo como “menos técnico e com muito mais exigências”, além de afirmar que não sabe até quando Neymar vai aguentar a atual rotina de seguidos jogos que enfrenta. Confira a entrevista:

Arthur Stabile: O senhor participou de cinco Copas do Mundo por diferentes seleções, não só a brasileira. Como é encarar a seleção brasileira como adversária?
Carlos Alberto Parreira: Não estou lhe corrigindo, apenas colocando os fatos. Eu participei de seis Copas como treinador, o único técnico na história a participar de seis Copas, e participei de nove Copas. Seis como treinador, duas como treinador físico e uma trabalhando com a FIFA. Quando um profissional chega a este ponto, a este limite, você cumpre a sua missão. Se eu tivesse dirigindo uma seleção contra a seleção brasileira evidentemente eu faria tudo para meu time vencer a seleção brasileira. Eu acho que o lado profissional é esse. Com todo o respeito, carinho, com toda a devoção que a gente tem pela seleção brasileira, eu ou qualquer profissional, tenho certeza que faria a mesma coisa.

AS: Já se passaram 18 anos desde o tetracampeonato. Quais são as diferenças que o senhor vê do futebol atual com o futebol da época do tetra?
CAP: O futebol hoje ele não é mais técnico, ele não é mais bonito, mas sem duvida alguma exige muito mais dos treinadores, dos jogadores. O futebol é muito mais midiático, muito mais brigado dentro do campo, as equipes tem que ter um preparo físico muito grande. Agora ele é muito profissional, tem muito dinheiro envolvido. As vitórias são muito importantes e isso exige muito mais dos jogadores, do treinador, que tem uma pressão muito grande. Evidentemente o futebol é muito mais corrido. Tem uma palavra que os europeus utilizam muito, que estamos trazendo pra cá, as chamadas transições, atacar e defender com muita gente atrás e na frente, ir e vir o mais rápido possível. Então defender com muita gente atrás e atacar com muita gente na frente e vice-versa, na hora que perde a bola ou ganha mudar essas posições.

É muito mais difícil jogar futebol hoje. E tem muitas competições também, que aumentaram muito. Os jogadores jogam uma média de 60, 70 jogos no ano, o que é uma coisa impressionante e exige muito do profissional.

AS: Essa necessidade de atuar em tantos jogos atrapalha o rendimento do jogador?
CAP: Atrapalha porque você deixa de treinar e praticamente joga. Tem treinador e preparador físico que invés de treinar o time a única preocupação é recuperar para o próximo jogo, quando deveria ser o contrário, preparar treinando para o jogo. Esse seria o ideal, a utopia geral. É quase que uma utopia no Brasil hoje.

AS: Exemplo o caso do Neymar...
CAP: O Neymar então nem preciso falar. Ele está suportando por que ele tem apenas 20 anos, tem uma coisa legal, que eu acho que é positiva, ele adora jogar futebol, ele gosta e se diverte jogando futebol.  Até quando isso vai ser possível eu não sei. Eu lembro do Boris Becker. Sabe que o tênis exige muito. O tênis é impressionante, eles jogam toda semana na Ásia, na áfrica, na Europa, na America do sul... Principalmente Europa e Estados Unidos. O Boris Becker com 24 anos pirou. Ele foi campeão em Wimbledon com 17 anos e oito anos depois ele pirou, largou tudo, não aguentava mais aquele ritmo alucinante, ficar fora de casa, competindo... Ele largou tudo com 25 anos.

AS: Como você visualiza a atual seleção do Mano Menezes? Acredita que é possível conquistar a Copa do Mundo aqui no Brasil?
CAP: Não é só possível como nós temos que conquistar.  Pra mim eu sempre digo que é inimaginável, impensável que a seleção não ganhe em casa. Ela é a única das grandes seleções que pode perder duas Copas em casa. Nós temos que dar um jeito de ganhar. Hoje nos estamos ainda em uma fase de transição. É um termo muito usado, muito repetitivo, mas sem duvida alguma é uma realidade. O Brasil não deixou nenhuma base da ultima Copa pra agora, são pouquíssimos jogadores. Normalmente fica uma base e muitos jogadores de uma Copa pra outra, não ficou quase nada e o Mano tem que pagar esse preço, tem que olhar muitos jogadores, tem que formar um time e dar experiência. Jogar em casa a pressão é muito grande, sempre.

AS: Excluindo o Brasil, quem o senhor coloca como seleção mais apta pra ser campeã mundial em 2014?
CAP: Ah, tem várias. A Alemanha é sempre uma seleção titular, evidentemente hoje a grande favorita é a Espanha. A própria Argentina vem melhorando muito. Holanda, Itália, o Brasil e argentina na América do Sul. Na Europa eu coloco a Inglaterra com o novo treinador, que conhece muito de futebol, pode ser um time que venha a surpreender, tem história, tem tradição. Eu colocaria Alemanha e Espanha, ou Espanha e Alemanha, pela ordem, e mais a Holanda e a Itália como os grandes times que poderão fazer uma grande figura aqui no Brasil, e são candidatos ao título.


AS: Falando de clubes, hoje as equipes buscam muito um setor defensivo para conquistar títulos. O senhor acredita que esta mudança no futebol brasileiro é uma evolução do nosso futebol?
CAP: Nos treinadores aprendemos que no futebol não existe time que ganha só defendendo ou só atacando, tem que saber fazer as duas coisas. Eu acho que nosso futebol não é excessivo, as equipes às vezes, em determinadas situações, usam um esquema mais conservador, mas no modo geral os times têm jogado com três atacantes, com laterais avançando. Eu acho que o ideal do futebol é saber atacar e defender com a máxima eficiência, essa é a síntese final do futebol.

AS: O senhor dirigiu o Corinthians e foi campeão da Copa do Brasil em 2002. O que representa a conquista da Libertadores pelo time neste ano?
CAP: Para o corintiano era o grande título que faltava. Representa muito na historia do clube, tanto é que o torcedor fanático do Corinthians almejava... Faltava este título para a história de um clube grande como o Corinthians. Eu acho que é o título mais importante da América do Sul, sem duvida alguma, fora os campeonatos nacionais, que é o título da Libertadores, que poderá ser coroado com o de campeão mundial.

Ouça a entrevista abaixo:
Entrevista - Carlos Alberto Parreira by ArthurStabile

domingo, 16 de setembro de 2012

Outra vez no inferno

Foto: Gustavo Tilio/Globoesporte.com

O ano de 2002 é marcado na história do futebol brasileiro como o ano do pentacampeonato da nossa seleção.

Conquista e felicidade máximas para os torcedores dos quatro cantos do país, do Oiapoque ao Chuí. Certo? Não, apesar de parecer estranho.

Pelo menos para a parcela de 15 milhões de palmeirenses este ano não traz boas lembranças da memória.

Time do santo do gol da seleção na Copa, o aposentado Marcos, o Palmeiras viu o fundo do poço chegar e se instalar.

A saída precoce de Vanderlei Luxemburgo, abandonando seu “pojeto” no alviverde, é colocada pela torcida como protagonista do descenso.

Mas definir qual a maior culpa é difícil.

Histórico de más administrações, elenco e time de qualidades pífias – isto quando era elogiado...

Motivos não faltaram para o trágico fim naquele marcante 2002.

10 anos depois, as mudanças e melhorias são claras.

Estrutura com qualidade, técnico indiscutivelmente apto e vencedor, elenco decente – não um dos melhores do país, só que nada desastroso quanto o rebaixado outrora.

E quem diria que após conquistar a Copa do Brasil – onde era apenas um simples figurante – acabando com jejum de 12 anos, o time estaria na atual situação?

Depois de acabar com o sofrimento e espera de sua torcida, o time consegue apagar tal feito e projeta uma tragédia ainda maior que a conquista.

Com a taça em mãos, o time de Felipão não teve forças para sair da zona de descrédito. Pior que isso, estava cada vez se complicando mais.

O fundo do poço está vindo, chegando mais perto a cada rodada.

Ainda mais depois da derrota para o Vasco em São Januário. Se não bastasse o 3x1 e a 19ª colocação, o técnico Luiz Felipe Scolari deixou o cargo de treinador da equipe.

Como muita parte da torcida disse, a parcela do clube que tinha menor culpa do momento que o time vive acabou se tornando o vilão.

Desmerecidamente, inclusive. Pois se não fosse o treinador pentacampeão mundial o time sequer teria vencido a Copa do Brasil, ou até pior, poderia ser rebaixado em campeonatos anteriores.

10 anos depois de sua maior pancada, o Palmeiras consegue se afundar novamente.

No clássico com o Corinthians outra derrota, por 2x0, e jogando com 10 jogadores após a expulsão do atacante Luan.

O lado emocional começa a demonstrar estar totalmente afetado pela ausência de resultados positivos e pelo mau desempenho em campo.

A cada cena a história do Palmeiras fica mais complicada e longe de bons ares.

Com tantas estratégias mal organizadas, planejamentos sem resultado, a torcida já está ficando calejada de tantas pancadas nos últimos anos.

Anos estes que estão transformando o time em uma equipe de médio porte, porque não basta história e tradição para ser grande, é preciso mostrar e comprovar isto a cada campeonato.

Se na Copa do Brasil o Palmeiras conseguiu se aproximar de seu passado de títulos, no mesmo ano o time se distancia cada vez mais com a provável queda.

Pelo que se vê até aqui, o fundo do poço é o destino certo para o clube no final do campeonato brasileiro de 2012.

Como disse Felipe Nabarro, repórter da Federação Paulista de Futebol, o jeito é se preparar para jogar a 

Libertadores pensando na disputa da Segunda Divisão, uma enorme contradição.

A história do alviverde se repete como continuação de um mesmo drama.

10 anos depois, novamente o mesmo clímax surge para o Palmeiras.

Difícilmente este filme terá final feliz.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Espírito Santo alia história e religião para seus visitantes

Estado tem forte ligação religiosa em sua história, e pretende aproveitar 
o potencial turístico para crescer como destino

Convento da Penha, em Vila Velha, é uma das atrações religiosas
para visitantes; espaço fica ao lado da capital Vitória

Vitória  Apesar de fazer parte da região mais rica economicamente do país, o Espírito Santo é um dos estados menos conhecidos pelos brasileiros. Até mesmo para seus vizinhos ricos do sudeste, o Estado é visto como distante e até com certo estranhamento. Dono de história tão rica e quase tão antiga quanto o Brasil, o Espírito Santo muito tem a mostrar aos outros cantos do país; falta mesmo mais ações para apresentar o local como destino turístico competitivo e tão atrativo quanto os outros estados. Potencialidades não faltam, pelo contrário, montanhas, praias, gastronomia, arquitetura e hospitalidade compõem o potencial turístico daqui.

Como na maior parte do Brasil, o Estado possui grande influência católica, que pode ser vista em vários de seus momentos históricos. A começar pelo seu nome – Espírito Santo – que tem origem dos descobridores portugueses do século XVI. Os europeus chegaram à região em que hoje se localiza a cidade de Vila Velha, primeira capital do estado, na comemoração do domingo do Espírito Santo, e começaram a chamar a nova terra desta maneira. “Quem nasce em Vila Velha é conhecido como canela verde, isso porque quando os portugueses chegaram aqui precisavam passar por um lugar cheio de algas, que grudavam em suas pernas e as deixavam com essa coloração”, disse a guia de turismo Marinete Diniz.

Padroeira  A religião segue até hoje como maior atrativo turístico do Estado. O Convento da Penha, cartão postal certo para turistas com interesse religioso, apresenta mais um ponto de encontro entre a história capixaba e o catolicismo. Construído no ano de 1558, a 141 metros do nível do mar, o convento possui este nome porque do alto do penhasco em que está fixado era possível visualizar a imagem de Nossa Senhora do Rosário, depois conhecida como Nossa Senhora da Penha e declarada oficialmente como padroeira do Espírito Santo em 1898.
Convento da Penha fica no ponto mais alto de Vila Velha, com visão parorâmica para a ilha de Vitória 
Para acessar o convento, os visitantes têm duas opções: a ladeira da Penitência, com 598 metros de distância e com percurso íngreme, e o acesso para carros. Para finalmente chegar ao convento, que sofreu processo de reconstrução no fim da década de 50 do século passado, os turistas ainda precisam subir mais 116 degraus para visualizar a arquitetura centenária e a vista do ponto mais alto da cidade.

Tradição viva – Mas não só a religião permanece viva e ativamente na rotina dos capixabas, a tradição local é outro ponto de forte influência e com raízes fixadas no cotidiano da população. Uma dessas tradições é a conhecida confecção de panelas de barro, que antes eram feitas apenas nas casas das paneleiras, e hoje possui galpão destinado somente a isto no bairro de Goiabeiras, em Vitória.

Tradição familiar, a criação das panelas depende da captação de barro no mangue vermelho, de melhor qualidade para este produto. Segundo Lucélia de Jesus, paneleira há 17 anos, são feitas até 90 peças por semana e não sobra nenhuma, sendo destinadas para turistas e restaurantes locais. Confirmando a fabricação de panelas como algo familiar, Fabio Fernandes, 39 anos, nos disse que seu bisavô pegava barro no mangue para fazer as panelas, sendo que esta profissão já está na sua família há pelo menos cinco gerações.

Modernização – Com o passar das décadas, a capital Vitória e o próprio Estado do Espírito Santo buscaram se modernizar e procuraram meios de crescer economicamente. Com a construção do novo aeroporto, com conclusão prevista para 2014 e, principalmente, do novo Centro de Convenções, o Estado pretende atrair o turismo de negócios.“Precisamos aproveitar o potencial do Estado para receber eventos de negócios. Temos uma grande estrutura hoteleira, e com a chegada do novo Centro de Convenções de Vitória a demanda aumentará e receberemos mais eventos, que poderão ser de grande porte”, apontou Paulo Fonseca, presidente da Eventpool.

Fabricação de panelas de barro é uma das tradições que permanecem
vivas no Espírito Santo
O Espírito Santo é privilegiado geograficamente pois está na metade do caminho das quatro principais capitais do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador), o que torna mais fácil e econômico seu acesso, principalmente para a realização de eventos. “As pessoas ainda não conhecem o Estado, as potencialidades do Espírito Santo. O que precisamos fazer é divulgar mais a estrutura que podemos oferecer”, explicou Alexandre Passos, secretário de Turismo do Espírito Santo.

O turismo do Estado tem como grande desafio divulgar seus incontáveis atrativos, no entanto, tem investido pouco na divulgação, tanto regional como nacional. Além disso, a reforma e a ampliação do aeroporto arrastam-se como um novela, por quase uma década. Por esses motivos, quem perde é o turismo e os turistas.

Matéria publicada originalmente no site Diário do Turismo.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Vazamento de gás deixa centro de São Paulo deserto

Por: Luís Adorno e Arthur Stabile

Por volta das 17h30 desta quinta-feira (16), parte do centro de São Paulo teve de ser esvaziado às pressas. Lembrando, em repercussão e dimensão muito menores, a Chernobyl, as ruas 7 de Abril e Conselheiro Crispiniano, ficaram isoladas e obrigaram a todos os que ali estavam a saírem do local. Um vazamento na tubulação externa de gás domiciliar na Rua Conselheiro Crispiniano foi a causa do tumulto.
De acordo com o capitão do corpo de bombeiros Eduardo Bricing, “o problema ocorreu num duto (respiro) ao lado do orelhão e banca de jornal, altura nº 194 da Conselheiro Crispiniano”, disse. Ao todo, foram seis caminhões da corporação, mais acompanhamento da ComGás e Eletropaulo.

Foto: Luís Adorno
O ocorrido – Os bombeiros foram acionados por volta da 17h30 e logo isolaram o local por conta do risco de inalação do gás ou de faíscas, que poderiam gerar uma explosão. Pouco depois, às 18h, a área isolada foi ampliada entre o metrô Anhangabaú e a rua Marconi, região próxima do viaduto do Chá e do Teatro Municipal.
Para auxiliar nos trabalhos e evitar consequências de grandes proporções, foram acionadas a Defesa Civil e a ComGás, a fim de cortar o fornecimento de gás na região. Além das duas empresas, a Eletropaulo também foi acionada caso fosse necessário o corte da energia, o que foi descartado após a atuação dos bombeiros.
Vários estabelecimentos foram isolados e prédios evacuados, entre eles o Bar Café Crispiliano, que está localizado na esquina entre as duas principais ruas afetadas. Renato Gouveia, gerente do estabelecimento, disse que os bombeiros exigiram que ele fechasse as portas o mais rápido possível. “Disseram que havia o risco de explosão, então fomos obrigados a fechar”, disse. “O prejuízo é muito grande. Recebemos muitas pessoas para o happy hour após o expediente. Funcionamos até 1h”, lamentou.

Trabalhadores da região tiveram que sair as pressas de seus serviços 
Foto: Luís Adorno
Segundo Bricing, o gás que vazou da tubulação seria seco e conhecido como Metano, de grau H1, o que representa o gás mais leve e menos inflamável do que os demais gases numa escala de um a quatro. Ainda de acordo com o capitão, “por ser mais leve, sua dissipação e espaço de tempo até chegar à atmosfera é mais curto, o que facilitou a liberação rápida do local”, afirmou.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Uma mudança necessária

Durante muito tempo pude fazer uma série de coberturas e análises, principalmente sobre esporte e política, que foram postadas aqui, no Boleiros da Arquibancada e no Blog de uns Poaenses, mas esta rotina está para mudar.

Por conta de outros projetos, não terei o mesmo tempo disponível para estes blogs, espaço que classifico importantíssimo para a divulgação de informações, que deixam de ser restritas à "grande mídia", mas sempre com qualidade e o indispensável discernimento. 

Não será o fim de meu trabalho como blogueiro, muito pelo contrário, a opção é para ganhar experiência como jornalista e assim poder melhor apurar, escrever e atuar com mais qualidade. Mas, por conta da atuação prática intensa, a redução de tempo é inevitável.  

Os blogs me deram enorme experiência para produzir melhores textos e aprimorar a escrita. Agora é a vez de aprimorar outros pontos que preciso para minha carreira de jornalista e, para isso, o trabalho diário e contato com uma área ampla será essencial. Mesmo assim, não os deixarei de lado e postarei algumas análises quando for possível.

Este novo projeto profissional é na área do turismo, onde poderei conhecer nosso país presencialmente, ou como diriam alguns profissionais do jornalismo, in loco. Agora atuarei no jornal Diário do Turismo e certamente irei adquirir conhecimento que fará a diferença no meu futuro como jornalista.

Além de “prestar contas” com os leitores e seguidores, este post tem como o objetivo agradecer quem me ajudou nestes três anos na rede com os blogs. Todos os amigos de Boleiros da Arquibancada, os que estão e os que seguiram suas carreiras, os parceiros de blogs, amigos de escola e faculdade e, claro, a cada um que usou seu tempo para ler meus textos.

Esta atual rotina deixará de ser tão intensa para melhorar o trabalho exposto nestas mídias. Agradeço a todos que ajudaram até então, e esta mudança é para ter cada vez mais qualidade e credibilidade.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Rafael cortado, e agora?

Foto: Divulgação CBF

A CBF confirmou o corte de Rafael da disputa das Olimpíadas de Londres.

O arqueiro santista lesionou o cotovelo direito durante treino específico para goleiros na manhã de ontem e exames indicaram trauma no osso, e por este motivo foi cortado da competição.

Sendo assim, a titularidade na estreia recai então para o goleiro Neto, revelado em 2009 pelo Atlético-PR e logo vendido para a Fiorentina-ITA, por 3,5 mi de euros.

Na Olimpíada, cada seleção pode ter apenas dois goleiros, mas Mano Menezes havia levado junto com os dois convocados Gabriel, do Milan, por precaução.

A preocupação do treinador se tornou real e precisou inscrever o atleta titular na conquista do último Sul-Americano Sub-20 pela seleção.

Gabriel tem carreira parecida com a de Neto. Logo que se despontou foi vendido, mas a diferença é que o atual rossonero foi bem com a seleção e não atuando em clube.

Mano Menezes gosta de se prevenir e logo chamou outro atleta para ficar em stand-by, sendo ele o goleiro Renan Ribeiro, do líder Atlético-MG.

Mas, após ouvir tantos nomes de goleiros, a dúvida que fica é: eles serão capazes de substituir Rafael, campeão da Libertadores 2010 com o Santos e titular da seleção neste ano?

Se a resposta for pautada apenas na experiência de cada um em equipes profissionais, dificilmente a resposta será positiva.

Neto e Gabriel sequer estrearam por suas novas equipes do exterior, muito provavelmente estão sendo preparados para assumir a posição no futuro.

Se levarmos o currículo em consideração, Gabriel desponta como melhor substituto, exatamente por ter conquistado o título do Sub-20, tendo sido importante em momentos decisivos, assim como Neymar e Lucas.

Só que não podemos esquecer da coletividade do futebol e dos companheiros que Gabriel e Neto terão em campo.

Mesmo que ambos não tenham as mesmas características que Rafael, estarão protegidos por Thiago Silva, Marcelo e outros jogadores experientes.

O objetivo não é tirar a responsabilidade de ambos, mas ressaltar a qualidade do grupo formado para conquistar o ouro.

Vale lembrar que o Brasil é a única equipe que está praticamente com o time profissional nesta Olimpíada, o que passa confiança, favoritismo e muita responsabilidade aos atletas.

Afinal, estamos falando do único título que o futebol mais vencedor do mundo não tem, o que pode ser comparado à pressão de se vencer uma Copa do Mundo em casa.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Debate discute problemas de Poá

*Retirado do Blog de Poá.

A Câmara Municipal de Poá receberá no próximo dia 25 o debate “Futuro de Poá: o desafio dos novos eleitos”. O objetivo é reunir especialistas nas áreas de educação, cultura, meio ambiente e gestão pública para elaborar diagnóstico da realidade do município e apontar alternativas de modo a pautar os projetos dos candidatos nas eleições 2012.

O evento ocorre numa inédita parceria entre o Blog de Poá, que completou cinco anos em julho, o Comitê da Cidadania Ativa e o Instituto de Formação Política Augusto Boal.

As organizações celebram este momento eleitoral como importante espaço de cidadania na vida do cidadão. Somente bem informados é que as escolhas poderão ser realizadas corretamente. Assim, o debate servirá como um instrumento para levantar problemas e soluções e para que o eleitor receba elementos para avaliar seus candidatos.

Entre os convidados da noite, está Alexandre Piero, Professor da PUC/GO e Coordenador Pedagógico de Gestão Pública da ETEC CEPAM (Centro de Estudos e Pesquisas da Administração Municipal). Ele tem experiência em Políticas Públicas, atuando principalmente nos seguintes temas: juventude, identidade, cultura, política, participação, educação.

Além disso, estará presente também Roberto do CRUMA, para falar do tema Meio Ambiente, Cláudio Domingos, que tratará de Educação e Cultura, devido as suas longas atuações em Poá, e o Jornalista Delcimar Ferreira, que debaterá sobre transparência e comunicação na administração pública

O debate será na Câmara Municipal de Poá, a partir das 19h do dia 25 de julho.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Arthur Stabile entrevista Deputado Ivan Valente

No último sábado Poá recebeu a visita do deputado federal por São Paulo e Presidente nacional do Psol (Partido Socialismo e Liberdade) Ivan Valente. O parlamentar esteve presente no seminário sobre educação realizado pelo partido no município, que faz parte de uma série de discussões feitas junto com a população e tem o objetivo de formar o plano de governo de Milton Bueno (candidato do partido à Prefeitura) para Poá.

As discussões pautaram um dos temas colocados entre os que precisam de maior atenção no Brasil. Atualmente o país investe 5,3% do PIB (Produto Interno Bruto) neste setor, quantidade classificada como insuficiente por diversos especialistas da educação. Entre as pessoas que lutam para aumentar este investimento está Ivan Valente, que ressaltou a necessidade de ampliar o valor para 10% da nossa riqueza para a pasta, que tem crise escancarada pela greve das universidades federais. Além disso, o deputado comentou sobre qual o papel deve ser exercido pelo município na melhora da base educacional do país. Leia abaixo a entrevista.

Foto: Alesp
Arthur Stabile: Deputado, depois de tanta luta o Plano Nacional de Educação foi aprovado com 10% do PIB para a educação. E agora, o que será feito?
Ivan Valente: Foi aprovado na comissão especial, foi uma vitória expressiva da sociedade civil e dos deputados da comissão, uma reivindicação muito antiga, porque sem recursos para a educação não há qualidade, não há valorização do magistério, não há fim do analfabetismo no nosso país. Colocar todos os estudantes no ensino médio, ampliar drasticamente o ensino superior público com qualidade, tudo isso dependia de recursos. Agora, basta saber se o Governo quer mesmo colocar 10% do PIB na educação nos próximos dez anos, e essa é a grande batalha a ser travada agora, ou no plenário da Câmara ou no senado. Então precisamos aumentar a pressão social e popular pela manutenção da votação que foi unanime na comissão especial pelos 10% da riqueza nacional investidos em educação pública de qualidade.

AS: O senhor falou da pressão popular e atualmente estamos num quadro de greve das universidades federais, tanto de professores quanto de alunos. O que esse quadro de greve representa para a população?
IV: Demonstra que há uma grande insatisfação das universidades, que o Governo acabou de transferir R$ 15 bilhões de impostos devidos pelas faculdades particulares para o ProUni e, no entanto, as universidades públicas estão sucateadas. Então foi transferência de recurso público para o setor privado. O Governo deveria adotar outra política que é a expansão do ensino público superior com qualidade, com remuneração digna, com plano de carreira para os professores e garantia de que um aluno da escola pública do ensino básico venha a cursar uma universidade, um curso superior com ensino, pesquisa e extensão com qualidade na educação.

AS: O ensino básico, como sabemos, começa pelo município. Muito se falou que as atuais matérias não cumprem o papel de educação, de formar os cidadãos. Como o município pode melhorar a educação básica para as crianças?
IV: Tudo começa no município, desde a oferta das creches e da pré-escola, que é uma base para a socialização da criança e garantir que ela vai ter um desenvolvimento cognitivo posterior. E o município precisa aplicar a sua responsabilidade constitucional, tudo que ela propõe, na educação e ao mesmo tempo exigir dos poderes da união e dos estados que se cumpra uma escala de continuidade do processo educacional com qualidade e investimento maciço. Então os municípios também precisam receber mais recursos do plano federal e estadual. É preciso que funcione um sistema nacional de educação, articulado nacionalmente nas três esferas, município, estado e união, garantindo acesso, permanência  e qualidade na educação.

Aproveite para ouvir a entrevista:

Arthur Stabile entrevista Ivan Valente by ArthurStabile

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Felipão: A vontade de ficar e o dom das polêmicas


O título da Copa do Brasil acabou não só com o jejum do Palmeiras.

A vaga conquistada para a próxima Libertadores – podendo enfrentar o rival Corinthians – atrai olhares para o clube, após tempos de seca.

E não desperta atenção só de quem está de fora.

Com contrato perto do fim, a chance de conquistar a América anima Felipão a ficar.

Antes, o treinador havia sacramentado sua saída. Agora, com a taça e a vaga em mãos, o técnico pentacampeão vê espaço para um novo projeto no Palmeiras.

Só que Felipão não abre fácil o jogo, nem dentro nem fora de campo.

Como garantir a permanência do comandante se ele declara não ver problemas em assumir o maior rival no futuro?

Para outros treinadores, impossível.

Só que estamos falando de Scolari.

Pentacampeão, pai de famílias históricas no futebol e treinador que não abre o jogo, dentro ou fora de campo.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Redenção

Foto: Google 

Muito tempo o torcedor palmeirense esperou para soltar o grito de campeão da garganta.

Ele veio, depois de 12 anos amargando tristezas e apenas um paulista (2008), que não acabou com a espera dos palestrinos.

Novamente sob o comando de Felipão o time voltou a conquistar um título de expressão nacional, voltou a ser Palmeiras.

O time foi classificado como apenas mais um desde o começo da competição, como de costume nos últimos anos.

As vitórias foram vindo e entre elas a eliminação do Paulistão para o Guarani.

A equipe se abateu, mas foi após o tropeço que começou o pensamento de poder chegar longe.

Contra o Paraná, no sul, os paulistas conseguiram vencer por 2x1 e ganharam animo, vencendo o jogo de volta por 3x0.

Foi então que o time teve o seu acerto tático, pelas mãos de Felipão e também por acreditar que era possível.

Na sequência da competição, parecia que estávamos falando de uma equipe diferente, renovada e consistente dentro de campo.

A prova disso foio jogo contra o Grêmio no Olímpico, onde o comprometimento tático rendeu a vantagem de 2 gols conquistadas em dois contra-ataques.

Por sinal, a defesa se tornou o ponto forte da equipe, o que não é surpresa vindo de um time de Felipão.

Nela, Thiago Heleno se tornou homem de cnfiança nos jogos finais, ganhando moral e ainda deixando o seu companheiro de zaga, Maurício Ramos, tranquilo para as partidas.

Outro zagueiro que teve papel fundamental foi Henrique, que assumiu o papel de volante marcador e melhorou a proteção da zaga.

Se defensivamente o time havia encaixado, lá na frente Mazinho surgiu como aposta e garantia as vitórias.

Na estréia o jogador passou zerado, mas no segundo jogo marcou dois gols na goleada por 4x0 em Barueri contra o Paraná.

Depois, ainda fez um contra o Grêmio no sul e teve papel fundamental para os gols do time.

Só que outro jogador teve este papel ainda mais claro, e justo nos momentos mais decisivos da Copa do Brasil.

A bola parada de Marcos Assunção tem histórico de ser fatal nas defesas, e mesmo sabendo disso ainda tem resultado quase certo.

Nas finais, o volante participou de dois dos três gols com assistências perfeitas para Thiago Heleno e Betinho concluírem.

Assunção não foi herói, mas pode ser a referencia deste time dentro de campo, pela experiência e vontade de alcançar a taça.

Taça que não viria sem as mãos de Bruno, pois o goleiro assumiu o gol em momento complicado e teve ótimas atuações, que fizeram da defesa palmeirense a menos vazada com seis gols sofridos.

Mas ainda assim, Felipão é o nome deste título.

Chamado por muitos como ultrapassado, o técnico pentacampeão mostrou que ainda lembra como se vence a Copa do Brasil, já tendo em casa quatro dessas taças – com Criciúma, Grêmio e o próprio Palmeiras.

Desde 2002 que Luis Felipe Scolari não se tornava campeão, desde o Mundial com a seleção.

Mas, tendo conseguido controlar a vaidade do elenco de anos anteriores, o resultado pode ser atingido e com méritos ao gaúcho.

E o treinador se redimiu com a torcida depois de tempos de conflito e resultados ruins.

O título na verdade foi uma redenção total, do treinador, dos jogadores e dirigentes com a torcida, que aguardou um período de desastradas administrações para conquistar este título.

Enfim, novamente o Palmeiras está no seu lugar, o de campeão.

Mesmo jogando da forma menos vistosa possível, o caneco teve como destino a sala de troféus do Palestra Itália.

Ainda não é o acerto completo, falta ainda melhorar o elenco e, principalmente, a parte da direção do clube.

Entretanto, o que mais precisava veio, um título, que pode se tornar o começo de mais uma era de conquistas alviverdes.