domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aguaceiro Rei

Mas que chuva inconveniente, não? Um enorme pé d’água caiu antes e durante o clássico entre São Paulo e Palmeiras no Morumbi, que começou com apenas 1h e 10 minutos de atraso por conta da quantidade de água no gramado do estádio. O time de Palestra Itália precisava da vitória para manter a liderança, o que não aconteceu e agora o Mirassol, acredite se quiser, é o novo líder do Paulistão.


O primeiro tempo foi muito conturbado, tanto pela demora para o início da partida como com a queda de energia quando os refletores se apagaram. O início foi dominado pelo Palmeiras, pelo menos pelos 10 minutos iniciais. Mas aos 25 Fernandinho, em jogada individual, limpou a zaga alviverde e abriu o placar com um belo gol, indefensável para o goleiro Deola. Depois disso um tempo de intervalo até os refletores serem religados. Na volta os times estavam tensos, e nada mais aconteceu no primeiro tempo.



Na volta para o segundo tempo o zagueiro Danilo ficou no vestiário por causa do cartão amarelo que tinha tomado, sendo substituído por Leandro Amaro. O começo foi total do São Paulo, pressionando para definir a partida. Mas, o zagueiro Alex Silva foi expulso por agredir o atacante Adriano Michael Jackson, fazendo o rumo da partida mudar. O Palmeiras então partiu para o ataque, até que finalmente conseguiu igualar o placar, com o mesmo Adriano.


O tabu São Paulino é mantido, há nove anos não perde no Morumbi para o Palmeiras e o clube de Felipão perdeu a liderança do campeonato para o surpreendente Mirassol. A atuação de Rogério Ceni deve ter destaque. O eterno goleiro tricolor garantiu o resultado neutro para o seu time, tendo trabalhado muito depois da expulsão do zagueiro Alex pirulito. 

Fotos: Fernando Borges

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Arthur Stabile Entrevista Marco Bello

O blog traz a entrevista feita com uma das promessas do jornalismo esportivo nacional, Marco Bello, repórter da Rádio Transamérica e Rádio Record. Leia a íntegra do papo com Marco abaixo.
Arthur Stabile: Como você descobriu o dom para o jornalismo?
Marco Bello: Não sei se tenho "dom" pra jornalismo, o que eu acho importante todo jornalista ter é curiosidade, estar sempre atento aos detalhes, coisas que ninguém vê, e descrever bem para os outros. O jornalista precisa enxergar o que ninguém enxerga, além de ser imparcial e neutro.

AS: Qual o primeiro contato com a profissão?
MB: Eu comecei fazendo produção, em 2003, aqui mesmo na Transamérica, na equipe do Eder Luis.
AS: Como foi o seu início de carreira?
MB:
Fiquei uns quatro anos como produtor, fiz de tudo, trabalhei em todos os programas, chegava mais cedo que todos, saía mais tarde, pra aprender todas as funções. Aprendi a operar a mesa de som, os equipamentos, cheguei a fazer sonoplastia em alguns programas, e ia ouvindo as gravações dos repórteres que trabalhavam aqui na época pra eu treinar depois.
 
AS: Em que momento preferiu seguir a carreira esportiva?
MB: Na verdade não foi uma escolha, acabou acontecendo.
AS: Qual a sensação de trabalhar em rádio?  
MB: Trabalhar em rádio é o melhor aprendizado que você pode ter, na minha opinião. Aqui você aprende a ter raciocínio rápido, vocabulário, dinâmica, improviso, etc. Vários apresentadores de televisão começaram no rádio e dizem que aprenderam muito com isso. Eu pessoalmente acho o veículo mais ágil e mais gostoso de trabalhar.
AS: O sonho de toda criança e torcedor de um clube é conhecer o ídolo de seu time. De que maneira você classifica o contato com os jogadores e ídolos destas torcidas?
MB: Depois que você começa a trabalhar nos clubes, deixa de lado essa coisa do ídolo. Claro que existem jogadores especiais, que você respeita e que é muito legal conhecer, como o goleiro Marcos, do Palmeiras, por exemplo. Mas a maioria dos jogadores são apenas jogadores, ferramentas do seu trabalho, pessoas comuns, não existe essa coisa de ídolo no dia-a-dia do clube.
AS: Já foi setorista do Palmeiras e agora do Corinthians. Qual a diferença entre essas duas torcidas e entre os dois grandes clubes em geral?
MB: Não há tanta diferença assim. No Corinthians há um pouco mais de cobrança em relação à notícia, porque é um clube efervescente a todo momento, Mas a torcida do Palmeiras é igualmente apaixonada e cobra muito também. Os dois clubes são grandes, com jogadores de nome, então há uma certa distância entre a imprensa e os atletas. Mas nos dois clubes há pessoas legais que cooperam com o nosso trabalho. Uma diferença grande, pelo menos para mim, que moro na zona oeste, é que o Corinthians é bem mais longe! 
AS: Não há como esconder que todo amante do futebol ama e tem uma identificação maior por um clube. Você poderia nos informar qual o seu time do coração?
MB: Qual clube que você acha que eu torço? Vamos ver se eu disfarço legal.  
AS: Qual a sua opinião sobre a ‘invasão’ dos ex-craques no jornalismo esportivo brasileiro? E trabalhar com ex-jogadores ou árbitros é muito diferente de jornalistas formados? 
MB: Pra mim é um orgulho trabalhar com o Neto e o Godoi, são caras que já estiveram dentro de campo, e tem uma visão diferenciada em relação aos outros comentaristas. Acho legal a mescla, de jornalistas e ex-esportistas. Assim você pode ouvir os dois lados da história. 
AS: Quando jovem pensava que teria uma carreira esportiva em rádios tão importantes do Brasil?
MB: Eu me considero jovem ainda, tenho 31 anos, e tenho orgulho de trabalhar em uma rádio tão ouvida como a Transa, Mas também é uma responsabilidade a mais. Uma dica: sempre checar as informações, porque quando você fala algo, está falando de alguém, e pode não parecer a princípio, mas você pode interferir na vida dessa pessoa, então tem que ter muita responsabilidade.
AS: Pretende seguir apenas a carreira esportiva ou pensa em ir para outras áreas no futuro?
MB: Acho que continuarei no esporte, mas não descarto nada no futuro.
AS: O que você deixa de dica ou recado para os futuros jornalistas e repórteres brasileiros?
MB: Tem que ler muito, ter conteúdo. Tem muita gente com voz bonita, dicção perfeita, mas não tem conteúdo. Por isso, quando abrir o jornal de manhã, não abra só a página de esportes. Não precisa ler o jornal do começo ao fim, mas pelo menos dá uma lida nas manchetes e nas principais notícias. Outra dica: leia sempre duas opiniões antes de tirar a sua. É mais difícil você ser ludibriado. Tem um ditado que diz: o burro não é aquele que não lê o jornal. É aquele que só lê um. E no rádio, a leitura é importante, porque quando dá aquele famoso branco no ar, você tem que falar algo, e quanto mais conteúdo você tiver, mais facilmente algo legal vai vir na sua cabeça.
Em breve outras novidades no blog, até lá!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Erro Defensivo + Erro de Arbitragem = 2º Jogo

E outra vez os juízes interferiram diretamente no resultado de uma partida, infelizmente. A nova vítima do erro foi o Palmeiras, no jogo contra o Comercial – PI pela primeira fase da Copa do Brasil. O time conseguiria eliminar a partida de volta, mas o erro do bandeirinha fez com que isto não fosse possível. O clube paulista ainda teve problemas para chegar ao Piauí, por conta da má estrutura aeroportuária da região, chegando apenas no dia da partida na cidade destino.


O começo da partida foi morno, as equipes se conhecendo e procurando brechas em seus esquemas táticos, claro que o Palmeiras foi superior em todo o jogo, mas em alguns instantes foi mais lento ou mais ansioso para o ataque. Demorou para o primeiro gol sair, apenas aos 30 do primeiro tempo, a partir de um cruzamento de Valdívia que encontrou Adriano Michael Jackson livre na área, que cabeceou no contrapé do goleiro e anotou seu primeiro gol com a camisa alviverde. Nada mais aconteceu de interessante na etapa inicial.


Na volta pro segundo tempo o Palmeiras se jogou para o ataque e logo cravou o segundo com, com Kleber, em jogada individual depois da cobrança de um lateral. E então o time se acomodou, tocou bola e preservou a sua posse, jogando nos buracos da defesa adversária, até que o atacante Adriano recebeu um lindo lançamento, estando em posição mais do que legal e saiu de cara com o goleiro, entretanto, o ótimo bandeirinha assinalou o impedimento, que somente ele conseguiu enxergar. A acomodação acabou matando o time. Depois de um escanteio o time piauiense marcou o seu gol com Rafael, em falha de marcação pelo alto da zaga palmeirense, fazendo a alegria da torcida local. E não podemos esquecer de falar da atuação do Valdívia, que voltou a jogar de verdade nessa partida, conseguindo ter um bom desempenho.



Foi um resultado ruim para o Palmeiras, mas dentre os fatores da partida o time não teve culpa total no resultado final e na não eliminação do jogo de volta, graças ao juiz, já que se o placar fosse 3x1 – gol que Adriano certamente faria, mas foi marcado o impedimento grotescamente – não haveria a partida aqui em São Paulo. 

Foto: Tom Dib

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Real Cede Empate no Fim

Entramos na semana passada na série de jogos eliminatórios e decisivos da Liga dos Campeões. E mais uma vez o adversário do Real Madrid foi o Lyon, que o eliminou no ano anterior, com dois empates, mas favorecido com gol fora de casa. Desta vez o time espanhol vem fortalecido com reforços como Özil, Khedira e Benzema, ex-jogador do próprio Lyon. Ambos estavam com o mesmo esquema tático, com um centro-avante fixo e 3 meias velozes chegando para ajudar no ataque.


O começo do jogo foi dominado pelo time da casa, pressionando o Real, mas sem muito perigo e mais posse e toque de bola. A principal chance dos franceses foi a partir de um cruzamento do brasileiro Michel Bastos, titular na Copa da África, que chegou ao atacante Gomis depois da falha de Casillas, mas que se recuperou no lance e desviou o chute para escanteio. O Real não teve grandes lances durante a primeira etapa, mas manteve o jogo equilibrado.


Na segunda etapa o time merengue resolveu decidir a partida ainda no primeiro jogo, atacando e pressionando o Lyon, conseguindo bons lances e duas bolas na trave e travessão provenientes de bola parada, de uma falta do Cristiano Ronaldo e de um escanteio respectivamente. Até que conseguiram chegar ao gol, com Benzema, que acabara de entrar e na sua primeira jogada colocou o Real na vantagem. Mas o time não teve forçar para manter o resultado e depois da batida de falta de Gourcuff, o zagueiro brasileiro Cris desviou a bola para Gomis que apenas direcionou a bola e igualou o marcador.


Agora as coisas estão mais fáceis para o Real Madrid. O time Frances não contará com alguns jogadores suspensos como o lateral Michel Bastos, e precisa do resultado ou ao menos marcar gols. Além que o meia Kaká estará em melhor forma física, dando melhor técnica e habilidade ao meio campo espanhol.

Fotos: AFP

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Arthur Stabile Entrevista o Narrador Nivaldo Prieto

O primeiro entrevistado do blog é Nivaldo Prieto, narrador da TV Bandeirantes e do canal fechado Band Sports. O locutor divide espaço com um dos 'dinossauros' da narração brasileira, Luciano do Valle, e trabalha com figuras como os ex-jogadores Denílson, Edmundo e Neto.

Arthur Stabile: Como você descobriu o dom para narrar fatos?
Nivaldo Prieto: Narrar, é parte de uma carreira profissional construída ao longo de quase 30 anos. Ainda adolescente, trabalhava como DJ em casas noturnas. Foi a partir desta oportunidade que descobri a vocação para a comunicação.
AS: Qual o primeiro contato com a profissão?
NP: A Radio Antena 1 FM em 1982. Depois de inúmeras reprovações nos testes que eu fazia, resolveram me dar um a oportunidade num programa chamado “Varig, a dona da noite”. Fiz minha primeira apresentação e fui contratado pela Radio Metropolitana, uma concorrente.
AS: Foi tranquilo ingressar na carreira?
NP: Absolutamente não, como escrevi anteriormente, foram dois anos de muitos testes e insistências. Num primeiro momento acho que venci pelo cansaço, e com o tempo fui aprendendo.
O senhor foi locutor de várias rádios famosas aqui em São Paulo, como você define o trabalho em rádio?
NP: Deslumbrante. Eu era apaixonado pelo rádio, mas sabia do meu principal objetivo, chegar à televisão. Estive no radio por 12 anos, foi muito trabalho mesmo, horas de dedicação durante o dia e a madrugada. Fiz de tudo em radio, fui animador em FM, locutor noticiarista, programas musicais de vários gêneros – jazz, blues, música de concerto, erudita, MPB, programas de entretenimento, cultura, política, economia, etc.
AS: A transição para a televisão foi fácil ou no começo foi difícil se adaptar?
NP: Não foi tão difícil. Eu era jovem, mas tinha uma ampla experiência em vários segmentos da comunicação. Fui juntando o que tinha aprendido nos tempos dos bailes com a bagagem do radio, tudo isso me ajudou bastante.
AS: Em que momento preferiu seguir a carreira esportiva?
NP: Exatamente quando me cansei de um programa político e econômico que apresentava. O país vivia um momento difícil com inflação altíssima e entrava numa crise política com o presidente Fernando Collor de Melo. Eu me sentia muito desgastado e resolvi trabalhar com coisas mais relaxantes. Tive programas no radio de artes e espetáculos e resolvi inserir o esporte no roteiro. Me envolvi tanto com o esporte que ele tomou conta do programa.
AS: É visível a sua versatilidade em narrar esportes distintos, tem algo específico que te proporciona essa desenvoltura? E você tem preferência por algum esporte?
NP: Eu gosto de vários esportes, não me sinto refém do futebol. E também não conheço esporte chato, queria conhecer, por exemplo, a Ginástica Artística. Estudei muito e sempre fui dedicado e insistente. Quando comecei entender um pouco da ginástica e conviver com a Luiza Parente, me apaixonei de vez. A minha preferência é trabalhar, não consigo ficar parado.
AS: Quase sempre o senhor que narra os jogos de Vôlei da seleção brasileira, tanto masculina quanto feminina. Como definiria narrar jogos da nossa seleção de Vôlei?
NP: Narrar jogos da seleção é diferente de tudo. Pode ser vôlei, basquete, futebol, tênis, ginástica... É envolvente e emocionante, o público tem uma visão de jogo muito semelhante a do narrador. Diferente de narrar um pênalti num clássico de grandes torcidas. O torcedor do time que fez o pênalti, às vezes não consegue ver, é muita paixão.
AS: Como se sente estando à frente dos jogos do Sul-Americano Sub 20 com esse magnífico time brasileiro? 
NP: Temos uma ótima seleção, desde o inicio da competição eu acreditava nesse time. É uma garotada maravilhosa que ainda vai dar muitas alegrias.
AS: Qual a sua opinião sobre a ‘invasão’ dos ex-craques no jornalismo esportivo brasileiro? E trabalhar com ex-jogadores é muito diferente de jornalistas formados?
NP: Esses ex-jogadores tem uma visão diferente que acrescenta muito numa transmissão. Eles possuem olho clínico e sabem do que estão falando, tem conhecimento de fato. Mas já tive comentaristas jornalistas que me ensinaram muito, eles trazem uma bagagem de informações e histórias do esporte que também acho fundamental numa transmissão.
AS: Você é o narrador nacional oficial do game FIFA da EA Sports desde 2007, é muito diferente narrar uma partida real e uma partida virtual?
NP: São coisas diferentes porque no game se trabalha mais a técnica e a imaginação. Não existe jogo, eu imagino um determinado lance e narro com emoção, depois eles colocam a imagem e constroem o jogo.
AS: Como definiria a experiência de ser dublador?
NP: É mais um trabalho que acrescenta e me ensina no dia a dia. Interpretar é fundamental, me ajuda também fora dos estúdios.
AS: Agora uma pergunta um tanto complicada. Qual empresa que trabalhou você define como a melhor para se trabalhar e qual a mais desenvolvida na área da comunicação? 
NP: A melhor empresa para se trabalhar é a que estou hoje. Me proporciona fazer o que gosto e me dá todas as ferramentas necessárias, inclusive os campeonatos pra eu narrar. Rss
AS: Tem o desejo de voltar a alguma delas?
NP: Hoje tenho contrato com a Band, vai até dezembro de 2014. Espero que a Band me queira até lá!
AS: Sua profissão é incrível, o que o senhor daria de dica para os jovens que desejam se tornar locutores?
NP: Seja insistente, não é fácil. E tenha certeza de que é isso que você quer pra sua vida.

Logo logo teremos mais novidades no blog, aguardem.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Crise? Mas que Crise?

Mais um clássico pelo paulistão nessa tarde chuvosa de sábado. O jogo da vez aconteceu no Pacaembu entre Santos e Corinthians.  Mas, antes da partida, ocorreu a despedida do Ronaldo Fenômeno da torcida corintiana, tendo até volta olímpica para homenagear o craque e tudo o que ele fez pelo futebol brasileiro, mundial e também pelo time da marginal Tietê.


Com a chuva o gramado ficou em péssimo estado, facilitando as coisas pro lado corintiano, afinal o time santista possui melhor tática e é mais habilidoso, com as más condições do campo fica difícil por a bola no chão e criar jogadas facilmente. Vindo de uma situação conturbada o Corinthians precisava vencer para seguir acalmando os ânimos, e foi o que aconteceu.


Graças à bola parada e Fábio Santos o Corinthians saiu vitorioso, apesar do trocadilho com o sobrenome, o jogador do alvinegro da capital resolveu a partida fazendo o primeiro gol de falta e o segundo de um pênalti sofrido por Dentinho. O Santos até tentou reagir com Elano ainda no primeiro tempo, que marcou um golaço no ângulo do goleiro Júlio Cesar, mas Liédson tratou de acabar com a graça e marcou o terceiro gol, mais uma pintura.



Pelo jeito o Corinthians está conseguindo sair da crise pós-eliminação da pré-libertadores, apesar de perder importantes jogadores como Ronaldo, Roberto Carlos e agora Jucilei, o clube vem alcançando os resultados positivos e muitos graças a Liédson ou algum outro jogador que se destaca individualmente quando é requisitado.

Foto: Tom Dib/Miguel Schincariol

Líder Consegue Apenas um Empate Xôxo

Jogo fraco entre Palmeiras e Mogi mirim hoje no interior paulista. A partida até teve alguns lances de perigo para ambos os lados, mas no contexto geral foi parado e sem grandes apresentações ou destaques individuais. A liderança do time alviverde é ameaçada pelo Mirassol, que se conquistar uma vitória sobre o Linense assume a ponta do Paulistão.

A volta de Valdivia foi boa, manteve a regularidade do ano passado, com um bom passe e sempre indo para o ataque quando tinha a oportunidade. Porém, as poucas chances criadas pelo Palmeiras foram incrivelmente perdidas, ou pela atuação do goleiro ou por falha na pontaria dos atacantes. É um erro que não pode acontecer. É difícil encontrar chances de gols em alguns jogos - não nesse em especifico – e quando acontecem tem que ser convertidas em gols.


O Mogi também teve suas chances, mas o nível dos jogadores é muito diferente, não tem como comparar, mesmo Rivaldo tentando ser o pior jogador do campeonato, em termos gerais o Palmeiras possui um time melhor que o Mogi, não há comparações. O goleiro Bruno atuou bem quando foi preciso e contribuiu para o empate anoréxico de 0x0.

Com esse futebol o time da Barra Funda dificilmente consegue ser campeão, pois enfrentara mais cedo ou mais tarde um time grande que não irá hesitar em fazer gols e passará tranquilamente pela zaga alviverde, que precisa de ajustes nas laterais, principalmente pelo lado esquerdo de Rivaldo, que nem ataca, nem defende, apenas faz número em campo.

Foto: Gustavo Tilio

Brazucas Resolvem e Milan segue Líder


Foi um jogo morno entre Chievo e Milan nesta manha/tarde de domingo. Tentando seguir na ponta do campeonato italiano o time rossoneri conta com a volta de alguns jogadores que sofreram lesão como Seedorf, Boateng e Pato, que ainda precisam de ritmo de jogo para melhores apresentações.


De qualquer maneira Robinho literalmente deu uma mãozinha para o primeiro gol do rubro-negro. Após o cruzamento de Cassano o atacante brasileiro dominou a bola com o braço na pequena área e o juiz, de frente para o lance, nada viu, então Robinho seguiu o lance e abriu o placar.


No começo do segundo tempo o time de Milão deu uma relaxada e acabou sofrendo o empate, também de um cruzamento, que encontrou o jogador Fernandes livre para cabecear para o fundo da rede. Mas depois disso entrou Pato no lugar de Cassano, para dar ritmo ao atacante brasileiro, porém, não foi só isso que ele fez. Em uma belíssima jogada individual ele driblou dois zagueiros e bateu no contrapé do goleiro, decretando a vitória milanesa. O defensor Cesar ainda foi expulso, mas já era tarde e o placar foi mantido.

Com a vitória dada pelos atacantes brasileiros o Milan segue líder com dezesseis vitórias, seguido de perto pela Inter, Napoli e Lazio. Entretanto, a vantagem é boa e há grandes chances do clube ser campeão italiano após monopólio de cinco anos da Inter de Milão.

Foto: AP

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O Campeão Voltou?

Em busca de uma série de vitórias São Paulo enfrentou hoje no Morumbi o Bragantino, apenas décimo colocado no paulistão e contou com a volta de alguns jogadores da seleção de base campeã Sul-Americana no Peru. A estrela do jogo era Rogério Ceni, que poderia alcançar a incrível marca de 100 gols marcados, para um goleiro algo impossível de se acontecer, mas não para esse jogador espetacular.


Mas que volta espetacular dos jogadores da Sub-20 do tricolor paulista. O time jogou leve, rápido e objetivo, conseguindo fazer esse resultado facilmente e sem problemas. A perda do pênalti pelo goleiro Ceni não foi um empecilho para a vitória tricolor, apesar de que o ídolo não fez seu gol número 99, único fato lamentável da partida.


O foco do Tricolor é a Copa do Brasil, mas com um elenco tão forte e com jogadores tão jovens fica fácil sonhar em conquistar os dois títulos deste primeiro semestre, podendo pensar até na taça do brasileirão e da Copa Sul-Americana. Bons jogadores e peças de reposição não faltam, basta agora manter a apresentação da noite de hoje nos próximos jogos.

Foto: Tom Dib

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sem Problemas São Paulo se Classifica

A estreia do São Paulo na Copa do Brasil foi tranquila. Seu adversário não assustava e o time de Carpegiani foi pra cima e resolveu logo a parada. Ambos os times começaram jogando no 3-5-2, preocupados defensivamente, mas especialmente o São Paulo, dando liberdade a seus meias e atacantes durante toda a partida. Os times tem um histórico de confronto pequeno, com apenas sete partidas, com cinco vitórias paulistas (com dezenove gols marcados), duas paraibanas (quatro gols marcados) e sem empates. O ultimo confronto foi em 2002 também pela Copa do Brasil, onde o Treze venceu por 1x0 na paraíba, mas foi goleado no Morumbi por 4x1, sendo eliminado.




1º tempo

4’ cobrança de falta de Dagoberto que Alex Silva desvia para as mãos do goleiro

10’ linda jogada de Lucas, driblando a zaga e cruzando a bola na área nos pés de Dagoberto, que só teve o trabalho de empurrar pras redes. 1x0 São Paulo

18’ cruzamento na área do São Paulo fácil para a defesa de Rogério

23’ falta no jogador Fernandinho batida novamente por Dagoberto para defesa tranquila do goleiro do treze

24’ impedimento mal assinalado de Dagoberto, mas muito mal marcado, o zagueiro dava boa condição para o atacante tricolor

26’ ótimo cruzamento, ou melhor, assistência de Juan para o cabeceio de Dagoberto para o 2º gol do São Paulo

27’ tabela entre Dagoberto e Carlinhos Paraíba que resultou na finalização do atacante, que passou pouco acima do gol

32’ passe excepcional de calcanhar de Lucas para Fernandinho, que conclui para o gol, porém a bola passa raspando o canto direito do goleiro

33’ primeira finalização a gol do treze, de fora da área o jogador Rodolfo faz Rogério Ceni trabalhar pela primeira vez mandando para escanteio

34’ para variar outra jogada de Lucas e mais uma finalização de Fernandinho, que explode no travessão

41’ Lucas limpa o zagueiro e toca para Jean, que manda acima da meta

42’ E Lucas não para! Ele cruza a bola na área, mas ninguém chega para concluir

46’ Falta de Lucas acabando com o contra-ataque do Treze, merecia cartão, mas não aconteceu. E acaba o primeiro tempo.


No intervalo ocorreram duas substituições no Treze: sai Laércio e entra Laércio Santos e sai Ranieri para a entra de Anderson. Enquanto o São Paulo é o mesmo.


2º tempo

3’ jogada individual de Fernandinho, que na saída do goleiro dá um leve toque por cima, marcando o 3º gol do time paulista. Na comemoração o jogador recebeu cartão amarelo por levantar a camisa


8’ O São Paulo marca a saída de bola, complicando ainda grita mais a vida do time paraibano, enquanto a torcida do São Paulo já grila olé, mostrando que a superioridade pré -jogo do tricolor foi confirmada

18’ chute de Cléu de fora da área para a defesa de mão trocada de Rogério

23’ chute do Jean desvia na zaga e é escanteio. Substituições: Saem Dagoberto e Lucas e entram Marcelinho Paraíba e Marlos. Excelente participação dos dois jogadores, foram os destaques do São Paulo na partida e mereceram descansar após resolverem a partida

25’ amarelo para Tiago Almeida, após falta dura em Marlos, cabendo até o cartão vermelho. A cobrança não leva perigo, mas gera mais um escanteio, que não leva perigo a zaga

27’ São Paulo toca a bola, esperando encontrar algum espaço na defesa adversária

28’ Substituição no Treze: sai Marcio pinho e entra Roni

29’ quase dentro do gol Alex Silva manda a bola para fora, tem desconto por ser zagueiro, mas perder uma chance dessa não pode!

31’ Substituição no São Paulo: Sai Miranda entra Xandão

39’ o time tricolor administra o resultado, tocando a bola na intermediária para não desgastar desnecessariamente os seus jogadores

46’ Marcelinho Paraíba perde gol incrível cara a cara com o goleiro

48’ após 3 minutos de acréscimos e sem maiores problemas o juiz encerra a partida
O São Paulo se classifica tranquilamente para a próxima fase da Copa do Brasil e aguarda o seu adversário, que sairá da disputa entre Corinthians - RN e Santa Cruz.


“O dono do jogo”


 Dagoberto foi de extrema importância para a vitória do São Paulo,
fez dois gols e se movimentou bastante na partida.


FICHA TÉCNICA

TREZE-PB 0 X 3 SÃO PAULO

Local: estádio
 Ernani Sátiro, em João Pessoa (PB) 
Data: 
16 de fevereiro de 2011, quarta-feira
Horário: 
22h (de Brasília) 
Árbitro: 
Arílson Anunciação (BA) 
Assistentes: 
Ubiratan Viana (RN) e Lorival Flores (RN) 
Cartões amarelos: 
Raniere, Weverson, Thiago Almeida e Márcio Pinho (Treze). Rodrigo Souto, Xandão e Fernandinho (São Paulo) 
Gols: 
SÃO PAULO: Dagoberto, aos 10 e aos 26 minutos do primeiro tempo. Fernandinho, aos 2 minutos do segundo tempo

TREZE: 
Marcelo Galvão; Ferreira, Raniere (Anderson), André Lima e Celico; Thiago Almeida, Weverson, Márcio Pinho (Roni) e Laércio (Laércio Santos); Cléo e Warley
Técnico: 
Marcelo Vilar

SÃO PAULO: 
Rogério Ceni; Alex Silva, Miranda (Xandão) e Rhodolfo; Jean, Rodrigo Souto, Carlinhos Paraíba, Lucas (Marlos) e Juan; Dagoberto (Marcelinho Paraíba) e Fernandinho
Técnico: 
Paulo César Carpegiani



Foto:  Rubens Chiri/www.saopaulofc.net